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São Paulo (15 de agosto) - Em encontro nesta segunda-feira com representantes do Instituto Foodservice Brasil (IFB), que congrega 33 das maiores empresas do setor de alimentação, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse que a burocracia tem atrasado o desenvolvimento do país e que está trabalhando para promover avanços significativos na melhoria do ambiente de negócios no Brasil. Ele foi convidado pelo presidente da entidade, Alexandre Guerra (CEO Giraffas).
O ministro fez um panorama do cenário nacional, a exemplo dos encontros com o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e as associações comerciais de São Paulo e do Rio de Janeiro, e novamente defendeu a modernização da legislação brasileira e a revisão das obrigações acessórias. “O Brasil é apenas o 116º entre 189 países propícios para se fazer negócios”, lamentou ao citar o ranking Doing Bussiness 2016, do Grupo Banco Mundial.
Marcos Pereira criticou aqueles que fomentam a disputa entre “nós e eles” e que colocam empresários e trabalhadores em “lados opostos na mesa”. Ele disse que é hora de todos atuarem de forma conjunta para recuperar a economia. “Não existe melhor programa social que o emprego. Dignidade para uma pessoa é quando ela tem dois endereços: o de casa e o do emprego”. Para o ministro, é preciso tirar o empresário do sufoco.
O ministro falou ainda das demandas que já está trabalhando junto a outros ministérios, como a reforma do PIS/Cofins e a nota fiscal electrónica de serviços na Fazenda, e da necessidade de se aprovar o trabalho intermitente, que permitirá ao empresário – especialmente em negócios com movimentos sazonais - a contratação do trabalhador por hora móvel e não fixa, como ocorre por exemplo nos Estados Unidos.
“Integramos um governo de reunificação e de reconstrução nacional. Algumas medidas mais impopulares deverão ser tomadas para que o Brasil avance. Creio que o presidente Michel Temer e a equipe de ministros está preparada para isso. Eu estou totalmente empenhado em deixar algum legado para as próximas gerações”, disse Marcos Pereira.
O conselheiro do IFB Marcos Gouvêa (Gouvêa de Souza&MD) disse que o encontro de hoje marcou um período de proximidade com o MDIC e que o setor participará com mais protagonismo das discussões. Gouvêa manifestou preocupação, no entanto, com os gastos do governo. Para ele, o Estado precisa “caber na realidade do país”. O ministro pediu um voto de confiança e que os empresários continuem acreditando no Brasil.
Sobre o IFB Criado por iniciativa de representantes das principais empresas do setor de ‘foodservice’, o IFB representa a a união da cadeia de valor e busca soluções para temas que impactam suas atuações no mercado de alimentação fora do lar. Estas e empresas geral mais de 220 mil empregos em mais de 9,6 mil lojas e faturam R$ 60 bilhões por ano.
Compõem a diretoria, além de Guerra e Gouvêa: Marcelo Marinis (Martin Brower); Fábio Alvez (Burguer King); Ricardo Marque (Unilever); Ely Mizrahi (DFS Holding); Marcelo Citrângulo (Nestlé); Ricardo Bomeny (BFFC) e Tupanangyr Gomes (Martin Brower).
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